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Como o exame de líquor ajuda no diagnóstico precoce de Alzheimer

Considerada a mais comum entre os tipos de demência, a Doença de Alzheimer atingir 5% da população a partir dos 60 anos e chega a 50% dos idosos a partir dos 85 anos. Porém, também existem casos de pessoas mais jovens que desenvolvem a doença, onde já existem estudos mostrando pacientes com sintomas de comprometimento cognitivo na faixa dos 40 anos.

O Comprometimento Cognitivo Leve (CCL) pode ser um indicativo de que a pessoa está próxima de ser acometida pela doença e a análise do líquor (líquido cefalorraquiano) pode refletir determinados processos anormais ou doenças que acometem o sistema nervoso central. Alguns casos de déficit podem evoluir para demência com o passar dos anos, por isso a importância da identificação por meio do exame, já que existem medicamentos que podem retardar o desenvolvimento da doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

A realização do exame é simples, segura e pouco dolorosa. Em seu procedimento, a retirada do material é feita por um médico especialista através da punção na lombar, onde é retirada uma pequena amostra do líquido cefalorraquidiano (LCR). Após a extração, o líquor é analisado e identifica as taxas relacionadas à doença.

A Alzheimer é um processo contínuo que altera as funções cognitivas e comportamentais. Por isso, é essencial consultar um médico logo que apareçam os primeiros sinais. Um diagnóstico precoce permitirá que os pacientes e seus familiares entendam os sintomas e entendam o que isso acarreta.

Biomarcadores na Doença de Alzheimer

No Laboratório Martins Pinto, utilizamos biomarcadores para diagnosticar precocemente a doença, sendo eles recolhidos pelo exame do líquor.

Em termos técnicos, a Dra. Anna Luiza Pinto, médica do Laboratório, explica como funciona a detecção da doença: “Os valores em conjunto da proteína beta amilóide e proteína tau, permitem discriminar a doença de Alzheimer de outras doenças patológicas”.

Estima-se que em torno de 10% dos indivíduos acima de 65 anos tenham a doença de Alzheimer e a frequência aumenta à medida que a pessoa envelhece. E continua “O exame no líquor (LCR) mostra aumento dos teores de proteína tau e sua forma hiperfosforilada, fosfo-tau. A proteína tau presente no interior dos neurônios, pode também, estar elevada em outros processos neurodegenerativos, acidente vascular cerebral e quadros encefalíticos infecciosos, sendo a forma fosfo-tau a mais específica dos emaranhados neurofibrilares e das placas senis, característica anátomo patológica da doença de Alzheimer”.

A Dra. também frisa o que é observado na doença por meio do exame coletado: “É possível observar a diminuição dos teores de AB 42. Um estudo recente mostra que o aumento da proteína tau associado a diminuição de AB 42 tem um alto valor preditivo para Alzheimer. Pode-se também observar os aumentos dos níveis de marcadores do stress oxidativo, como 8 hicroxiguanina (8hg) e da proteína AD7c”.

Além do Diagnóstico precoce da Doença de Alzheimer (DA), a realização desse exame é indicada para: Diagnóstico diferencial entre DA e doença de Creutzfekd-Jakob; Diagnóstico diferencial entre DA e demência frontotemporal; DA e demência por corpúsculos; de Lewy e DA e demência vascular.